Isay Weinfeld

A Casa 111 foi projetada para um jovem casal com dois filhos pequenos.

Colecionadores de arte contemporânea – ela, marchand -, os clientes queriam uma casa aconchegante, em que pudessem não só viver em família e receber amigos sem grandes formalidades, mas também expor a sua coleção de maneira simples e despretensiosa.

O programa da casa se desdobra em 4 pavimentos e ocupa, em projeção, uma área reduzida do lote. Com uma antecâmara pergolada fazendo a transição entre a calçada e o jardim, ela se estende junto à divisa lateral esquerda até quase o limite de fundo, onde um vazio no recuo permite a entrada de luz e ventilação natural a um pátio no andar inferior. À direita da casa, um jardim exuberante para o qual se abrem salas e copa, – além dos quartos, no andar superior -, ocupa o terreno em toda sua profundidade.

Quartos e salas, aliás, voltados à Noroeste, recebem o sol da tarde e são protegidos por largos beirais e pelas próprias paredes que dividem os ambientes e fazem as vezes de brise-soleil – perpendiculares à fachada, elas se projetam mais ou menos ao exterior, configurando ora espaços fluidos e integrados (térreo), ora compartimentados (no andar superior), conforme demandam os usos.

A cobertura da casa, com visuais desimpedidas para o entorno, foi reservada a uma área de lazer com sala de televisão e solário/piscina.

A materialidade da casa e sua paleta cromática priorizam o conforto visual e tátil dos moradores. Extensas floreiras junto às aberturas em todos os pavimentos compõem ainda um anel de vegetação denso em todo o perímetro, garantindo a necessária proteção e privacidade.